NOTÍCIA SOBRE OS CHAFARIZES EM MARAGOGIPE
Em 22 de maio de 1890, através de contrato firmado entre o Conselho Municipal de
Maragogipe e o coronel João Primo Guerreiro, foi fundada a Empreza Aquária
Maragogipana. A finalidade da empresa era o fornecimento de água potável à cidade, com o represamento do rio Quelembe. O prazo de concessão foi de sessenta anos, que terminaria em 25 de março de 1952. O coronel cumpriu o contrato em parte, fornecendo água à cidade até 1912, quando transferiu a concessão para Vicente Lins Ferreira do Amaral. O novo empresário realizou melhorias no serviço e tempo depois a empresa foi transferida para Dácio Correia do Carmo, que construiu outro açude para servir de auxiliar em período de escassez de água. O empresário Dácio Correia do Carmo, por sua vez passou a concessão a Erotildes José da Silva, e este no ano de 1942 cedeu os seus direitos de concessionário a Oscar de Araújo Guerreiro. Em 1952, com o fim do prazo de concessão, a Empreza Aquária Maragogipana foi entregue à Prefeitura Municipal para administrá-la.
Até o início da década de 1930, a empresa de abastecimento de água serviu com
regularidade à população. Quem não possuía pena ou meia pena d’água, usava os chafarizes instalados em diferentes pontos: na convergência da Rua Santana com a Rua Macêdo Costa, na praça Municipal, Rua Nova do Comércio, Rua do Cai-já (ao lado da Igreja de Nossa Senhora de Nazaré) e Praça Brigadeiro Seixas.
Assim decorreram desenas de anos, até que depois da revolução outubrista de 1930,
por motivos de melhoramentos das praças e ruas citadas os tais chafarizes foram
demolidos, como cousa obsoleta.
Todavia nenhuma outra providência fôra tomada para substituir aquelas fontes
públicas de grande serviço à população, mórmente à pobresa72.