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Panorâmica de Maragogipe

quarta-feira, 26 de junho de 2024

SIMBOLOS OFICIAIS DE MARAGOGIPE

 

 

SÍMBOLOS OFICIAIS

do Município de

Maragogipe

 

 

LEI Nº 5/73

Cria o Brasão do Município

de Maragogipe.

 

A CAMARA DE VEREADORES DO MUNICÍPIO DE MARAGOGIPE

              D E C R E T A:

Art. 1º - Fica instituído o Brasão Oficial do Município de   Maragogipe

§ 1º - O Escudo em azul contém seis (6) estrelas prateadas representando os seis Distritos do Municipio: Séde, Nagé, Coqueiros, Guapira, Guaí e São Roque. No campo vermelho ao lado uma faixa branca significando o rio Quelembe, a figura de um índio com a flecha, indicando a participação nativa na formação do Município: ao lado direito ainda em campo vermelho a Igreja de São Bartolomeu Patrono e Padroeiro do Município. Ao centro em campo verde uma palmeira a simbolizar um título que geração passada lhe outorgou: Cidade das Palmeiras, seguindo-se a Legenda em letras legíveis “Cidade Patriótica”, título conferido pelo Imperador ao Bravo Povo Maragogipano pela participação heroica nas lutas da Independência e Guerra do Paraguai.

§ 2º - Suportes: Dois ramos, sendo um, do lado esquerdo de café e no lado direito de fumo, representando a economia da região na época do Império.

Art. 2º - A Insígnia: Coroa Imperial de prata com quatro torres, de Município.

Art. 3º - Legenda: Um listel vermelho em Letras brancas:    MARAGOGIPE e em letras pretas 8 de maio de 1850, data da emancipação Politica do Município.

Art. 4º - Cores: A cor azul representa o céu de anil das noites estreladas de Maragogipe, o Branco:  o rio, a paz, a harmonia entre os filhos da terra abençoada de D. Antonio Macedo Costa, o sussurro suave do Rio Quelembe que se perde de quebrada em quebrada. O verde representa o campo onde os humildes, onde os lavradores se debruçam cotidianamente em busca do sustento para seus filhos. O vermelho, o sangue dos nossos antepassados derramado heroicamente em defesa da nossa independência e na Guerra do Paraguai, o vermelho ainda representa a cor do Manto Sagrado de São Bartolomeu.

Art. 5° - Esta Lei entrará em vigor a partir da data de sua publicação.

Art. 6º - Revogam-se as disposições em contrário.

Maragogipe, 23 de janeiro de 1973.

 

Ruben Guedes Guerreiro -  Presidente

Nelson Luiz Santos Guerreiro - Secretário


 

LEI Nº 6

 

Cria a Bandeira Municipal de Maragogipe

 e dá outras providências.

 

A CAMARA DE VEREADORR4S DO MUNICÍPIO DE MARAGOGIPE

D E C R E T A:

            Art. 1º - Fica criada a Bandeira Municipal de Maragogipe, e sãos as suas cores: azul, vermelho, branco e verde.

§ Único – No campo azul contém seis (6) estrelas representando os Distritos: Séde-Nagé-Coqueiros-Guapira e São Roque. No campo vermelho uma palmeira representando o Titulo que o povo lhe outorgou: “CIDADE DAS PALMEIRAS”. Ao centro uma faixa branca representando o Rio e em letras verdes “CIDADE PATRIÓTICA”.

Art. 2º - O Executivo Municipal providenciará o feitio de várias Bandeiras para o Paço Municipal, Escolas Públicas e Associações.

Art. 3º - Fica aberto o crédito especial de Cr$1.500,00 (um mil e quinhentos cruzeiros), para atender as despesas com o preparo das primeiras Bandeiras.

Art. 4º - Revogam-se as disposições em contrário.

Maragogipe, 23 de janeiro de 1973.

 

Ruben Guedes Guerreiro -  Presidente

Nelson Luiz Santos Guerreiro - Secretário

 


Lei 004/2001

 

“Oficializa a Letra e Música do Poeta Flávio Lima como Hino Oficial de Maragojipe, obriga o seu ensino e divulgação nos Estabelecimentos Municipais de Ensino e dá outras providências”

 

O PREFEITO MUNICIPAL DE MARAGOJIPE, ESTADO DA BAHIA, no uso de suas atribuições legais, faz saber que a CÂMARA DE VEREADORES aprovou e ele sancionou a seguinte Lei:

 

Art. 1º - Fica oficializado como Hino de Maragojipe, a composição do Poeta Flávio Lima, com a seguinte letra:

 

Somos os filhos da Pátria querida

Terra Bendita que nos viu nascer

 E só por ela, iremos à luta

 Bem resolutos, lutar e vencer.

 Nada nos leva jamais a recuar

  Pois nosso peito é grande como o mar

  Pode conter nosso Brasil gigante

 Cada vez, cada vez mais triunfante!

                           Sabeis de onde nós somos

                           Com muito orgulho diremos:

                          da Cidade das Palmeiras

                          A quem tanto bem queremos.

                         Um pedacinho da Bahia

                          Centelha deste Brasil

Onde o Cruzeiro Luzente                                                                                    Vê-se bem no céu de anil.

 

Art. 2º - Ficam os Estabelecimentos de Ensino,  obrigados a incluir no seu Currículo Pedagógico, o ensino e divulgação do Hino.

Art. 3º - Nas solenidades Municipais ou quaisquer outras que se caracterize a participação do Município, será obrigatória a execução deste Hino.

Art. 4º - Fica a Câmara de Vereadores de Maragojipe obrigada a fazer a divulgação do Hino Oficial nas entidades e em todas as repartições públicas do Município.

Art. 5º - Esta Lei entrará em vigor na data da sua publicação, revogando-se as disposições em contrário.

                          

 Gabinete do Prefeito, 25 de Abril de 2001.

 

                                  RAIMUNDO GABRIEL DE OLIVEIRA

                                         Prefeito de Maragojipe

 

sexta-feira, 21 de junho de 2024

VILA DE COQUEIROS HISTÓRIA E DEVOÇÃO

 

COQUEIROS DO PARAGUAÇU

105 ANOS DA ESMOLA CANTADA

 

Quem viaja de São Felix a Maragogipe  na entrada da Vila de Coqueiros encontra uma antiga capela em ruinas. Nessa capela, num  passado distante, celebrava-se N. S. do Rosário e foi em torno dela que começaram a surgir as primeiras casas dando origem ao povoado que se transformou na Vila de Coqueiros do Paraguaçu.

Por ser uma área na qual existia um barro de excelente qualidade, os primeiros moradores logo passaram a confeccionar utensílios para uso no dia a dia como purrões, potes, panelas, tachos, frigideiras, alguidares e outros, assim contavam os antigos. Ao lado do artesanato aqueles moradores cultivavam agricultura de subsistência, a pesca e mariscagem.  O vilarejo cresceu e os antigos donos da fazenda Rosário proibiram os moradores da extração do barro, nos arredores da capela, chegando a colocar cercas em torno da mesma impedindo os mesmo até de frequentá-la.

Foi diante dessa proibição dos donos da fazenda que a antiga capela entrou em decadência e os moradores tiveram a ideia de construir uma nova capela mais para o centro do povoado, surgindo  a capela que depois se transformou em igreja e na qual foi entronizada a imagem de N.S da Conceição. Com o constante crescimento da comunidade a nova capela se tornou pequena e foi aí que promoveram uma “esmola cantadas”  para angariar recursos para promover a ampliação da capela e isso ocorreu, segundo jornais da época, em 1919, nascendo então a esmola cantada de Coqueiros do Paraguaçu que este ano estará completando 105 anos.

A esmola cantada é uma manifestação cultural da Vila de Coqueiros que tendo ultrapassado seus cem anos  é realizada todos os anos no dia 8 de dezembro após a missa, com os moradores, homens, mulheres e crianças, sem distinção de classe ou condição social, saindo em grupo, com instrumentos musicais, muitas vezes rudimentares, percorrendo todas as casas com o propósito de angariar recursos para a realização da festa em louvor à Virgem Santa. O cortejo entoa cânticos religiosos rendendo homenagens à Santíssima Virgem ao tempo em que, proporciona um ambiente de alegria entre os moradores da vila e pessoas outras que participam da mesma.

Sendo a Festa da Conceição comemorada em todo o estado, os moradores de Coqueiros houve um tempo que passaram a ter dificuldades para contratar padre, filarmônica  para a realização da festa de sua Padroeira. Então, tiveram a idéia, logo posta em prática, de realizar no dia 8 de dezembro, Dia de N> S. da Conceição, uma missa simples e logo após sair a esmola cantada e no final do mês, isto é, de 23 de dezembro ao dia 1º de janeiro, realizar a Festa da Conceição da Vila de Coqueiros do Paraguaçu, com novenas, alvorada festiva, missa solene, e procissão no dia 1º de janeiro em homenagem ao bom Jesus dos Navegantes, este protetor dos pescadores, marinheiros e mestres dos saveiros que por muito tempo fizeram parte da economia local.

Por falar em saveiros vale salientar que esses veículos, numa época em que não tínhamos estrada e somente a rota marítima para contato com a capital do estado e municípios vizinhos, os saveiros desempenharam um papel muito importante para a economia das vilas e cidades do recôncavo da Bahia. Eram os saveiros responsáveis por transportar mercadorias e pessoas e transportando pessoas, transportavam também sonhos e esperanças. Foram contados nesta região mais de cem embarcações e hoje estão reduzidos a uns poucos graças a falta de apoio dos poderes públicos, deixando que morra uma atividade que já teve sua época de progresso e que muito contribuiu para o desenvolvimento da região.

Por fim é bom notar que em Coqueiros,  terra de gente ordeira e trabalhadora, paisagens belíssimas emolduradas pela beleza e meiguice de suas filhas, durante todo o ano tem atrativos que agradam ao gosto de turistas e visitantes, oferecendo aos mesmos, por exemplo,  uma gastronomia  focada na culinária baiana servida nos seus vários restaurantes situados no antigo porto da vila e que tanto agrada ao paladar. 

A Vila de Coqueiros, tem beleza e tem história, um local de trabalho, fé e devoção para orgulho dos seus filhos está sempre de braços abertos para receber os visitantes.

 

Por Abílio Ubiratan.

Jun/2024