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Panorâmica de Maragogipe

quinta-feira, 6 de outubro de 2022

LEI OFICIALIZA HINO DE MARAGOGIPE

 

Lei 004/2001

“Oficializa a Letra e Mùsica do Poeta Flávio Lima como Hino Oficial de Maragojipe, obriga o seu ensino e divulgação nos Estabelecimentos Municipais de Ensino e dá outras providências”

 

O PREFEITO MUNICIPAL DE MARAGOJIPE, ESTADO DA BAHIA, no uso de suas atribuições legais, faz saber que a CÂMARA DE VEREADORES aprovou e ele sancionou a seguinte Lei:

Art. 1º - Fica oficializado como Hino de Maragojipe, a composição do Poeta Flávio Lima, com a seguinte letra:

Somos os filhos da Pátria querida

     Terra Bendita que nos viu nascer

           E só por ela, iremos à luta

                 Bem resolutos, lutar e vencer.

                       Nada nos leva jamais a recuar

                              Pois nosso peito é grande como o mar

                                     Pode conter nosso Brasil gigante

                                            Cada vez, cada vez mais triunfante!

 

Sabeis de onde nós somos?

          Com muito orgulho diremos:

                 Da Cidade das Palmeiras

                        A quem tanto bem queremos.

                                Um pedacinho da Bahia

                                      Centelha deste Brasil

                                               Onde o Cruzeiro Luzente

                                                        Vê-se bem no céu de anil.

 

Art. 2º - Ficam os Estabelecimentos de Ensino,  obrigados a incluir no seu Currículo Pedagógico, o ensino e divulgação do Hino.

Art. 3º - Nas solenidades Municipais ou quaisquer outras que se caracterize a participação do Município, será obrigatória a execução deste Hino.

Art. 4º - Fica a Câmara de Vereadores de Maragojipe obrigada a fazer a divulgação do Hino Oficial nas entidades e em todas as repartições públicas do Município.

Art. 5º - Esta Lei entrará em vigor na data da sua publicação, revogando-se as disposições em contrário.

                            Gabinete do Prefeito, 25 de Abril de 2001.

 

                                  RAIMUNDO GABRIEL DE OLIVEIRA

                                         Prefeito de Maragojipe

 

AINDA SOBRE A LAVAGEM

 

A LAVAGEM "DE RUA" DA FESTA DE SÃO BARTOLOMEU

No último domingo foi realizada a lavagem “de rua” da Festa de São Bartolomeu. A quantidade de pessoas que vieram de outras cidades para essa tradicional manifestação popular ultrapassou todas as expectativas. A população local quando despertou no domingo a cidade já estava repleta de visitantes e a cada hora mais caravanas chegavam. Com tanta gente o centro da cidade ficou congestionado. Diferente dos anos anteriores, os ônibus não tiveram acesso ao centro da cidade, providência que se mostrou eficaz. O espaço urbano central, ficou só para a população e para os visitantes. Na hora marcada o cortejo das baianas, ricamente ornamentadas, estandartes rubros erguidos, jarros de flores preparados com água de cheiro, acompanhadas pelo “terno de seu Tibúrcio” chegaram ao adro da Matriz de São Bartolomeu onde uma multidão aguardava com ansiedade. Com a presença da TVE, que fez a cobertura do evento, teve inicio a cerimônia de lavagem do adro da Matriz sob os acordes do Hino de São Bartolomeu. Uma verdadeira apoteose! A partir daí começou a lavagem “de rua” como diz o povo. As músicas executadas pelo “terno de Seu Tibúrcio” deixam margem para que os mais desinibidos, aproveitando o momento, extravasem os seus recalques com palavras e gestos um tanto exagerados e obscenos. Isso, ainda hoje, choca os mais recatados. Mas, virando as páginas empoeiradas do tempo, vamos encontrar nos jornais de épocas passadas notícias sobre essa mesma lavagem como sendo “...o espaço da desordem moral onde se valoriza o baixo corporal, ambientes propícios para obscenidades...” . Daí vê-se que a nossa lavagem “de rua” traz esse ingrediente desde o seu início, pois a notícia acima foi publicada no jornal O Prélio editado em Maragogipe no dia 11 de agosto de 1920. Buscando data mais remota, encontramos nas páginas do jornal A Situação do dia 18 de agosto de 1879, com referência à lavagem “de rua” da Festa de São Bartolomeu a seguinte afirmação: “... tais barbaridades fogem de nossa sensibilidade de cristãos.” Outros jornais antigos também registraram para a história o que era a nossa lavagem. Vejamos o que disse o jornal Eco publicado em Maragogipe no dia 07 de agosto de 1932: “... é um pandemônio, as batucadas nas barracas, que reuniam indivíduos de conduta duvidosa e o proferimento de palavras obscenas...”. Tudo isso não estou a escrever para justificar os excessos praticados, mas, para advertir aos que ainda não se acostumaram com o ambiente “festivo” da nossa lavagem. Nossa intenção é tão somente mostrar que, infelizmente, nossa festa começou assim, venceu os anos, e, hoje com a frouxidão dos costumes, cabe aos que cultuam os bons princípios não deixarem que os seus pratiquem tais comportamentos. A festa de São Bartolomeu é, para aqueles que cultuam as boas tradições e a fé no nosso padroeiro, o momento supremo de render agradecimentos e renovar sua crença. Isso é que nos faz diferente, pois, essa festa inunda nossas almas de fiéis servos de Jesus. E com esse sentimento, com base também em jornais antigos, concluímos dizendo: “ Todos nos deixamos arrebatar, alegres e felizes, na onda invencível da fé, na força impiedosa e na consagração do espírito de catolicidade que herdamos dos nossos maiores e que fazemos timbre de honra em conservar e zelar como patrimônio sagrado da família...” como bem disse o jornal Maragogipe de 14 de Agosto de 1901.

Abilio Ubiratan

 AGOSTO, 2009.

 

terça-feira, 4 de outubro de 2022

SANTA CASA DE MISERICÓRDIA

 

NOTAS SOBRE A HISTÓRIA DE MARAGOGIPE

O título de “patriótica cidade”, reconhecido a Maragogipe, foi dado em maio de 1850. Logo em abril do ano seguinte, a Irmandade de São Bartolomeu foi criada. Também a Santa Casa de Misericórdia segue nessa cronologia de acontecimentos. Sua criação esteve ligada ao hospital de caridade, fundado em 1846 por uma subscrição do então Juiz Municipal Dr. Gustavo Xavier de Sá, e prosseguida pelo seu substituto o também Juiz Municipal “Dr. Antônio Plácido da Rocha que continuou a subscrição e a quem incontestavelmente deve-se a realização de tão útil estabelecimento”, edificado em terras doadas pela Benfeitora Juliana Theodora Maria dos Reis. A organização da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia que passou a cuidar do hospital e posteriormente do cemitério da cidade, deu-se em junho de 1851, ano de aprovação de seu compromisso e também da criação da Irmandade de São Bartolomeu. Tudo isso se deu logo após Maragogipe sair da condição de vila para cidade.

Fonte: APEB(Arquivo Público Estado da Bahia).

79-Documentos da Santa Casa de Misericórdia, 1863. Maço 5393. Caixa 1751.

80- Ver o Livro I de Cartas de confirmação de Cartas e Compromissos. APEB. Seção de arquivo colonial e provincial. Religião e Irmandades 1839-1885, nº. 5264.

 

CARTÃO DE VISITA

 


segunda-feira, 3 de outubro de 2022

Mons. FLORISVALDO JOSÉ DE SOUZA

 



        O Padre Florisvaldo José de Souza foi o sucessor do Revmo. Padre José Gomes Loureiro, em março de 1942. Nasceu em 16 de novembro de l904 ingressou no Seminário com apenas oito anos de idade. Menino pobre, filho de pais operários que trabalhavam na Fábrica Luiz Tarquínio, na Avenida do mesmo nome, na Cidade Baixa do Salvador. Filho primogênito do casal Sr. Juvenal e D. Maria da Luz de Souza. Quando aqui chegou como Vigário da Paróquia de São Bartolomeu, fundou a Cruzada Eucarística, a Ação Católica, o Círculo Operário, corais – um deles recebeu o nome de: Coral misto Maria Imaculada e Luiz Gonzaga e a PSBM – A Voz da Matriz. Era amante das músicas clássicas e gregorianas.

Mais Tarde na década de 50 fundou a Congregação Mariana. Dirigiu com muito zelo a Pia União das Filhas de Maria, o Apostolado da Oração, a Confraria do Rosário e outras Irmandades.

Foi vigário em Brejões, Barracão, Muritiba e Maragogipe. Aqui ficou à frente do rebanho maragogipano durante trinta anos.

Professor de Latim e Francês no Ginásio Simões Filho, hoje Centro Educacional Simões Filho, fundado pelos políticos Cid Seixas Franga e Prof. Gerson Silva, no início de 1953. Lecionou as mesmas matérias no Colégio Almirante Tamandaré, na Rua General Pedra (Porto Grande).

O bondoso Sacerdote pagava mensalidades para alunos e alunas que não possuíam condição financeira. Era um verdadeiro missionário da carifdade: ajudou a várias famílias carentes, coisa que só ficamos sabendo depois de sua morte, ocorrida no dia quatro de maio do ano de 1972, às 6 horas da manhã, na Casa Paroquial, no Largo da Matriz de São Bartolomeu. Faleceu com 68 anos de idade que apesar do seu físico avantajado não possía boa saúde. Nenhum padre superou sua bondade extraordinária.

Fundou no ano de 1960 a Escola Paroquial de Maragogipe, no Bairro Nossa Senhora das Graças, na Capela de N. S. das Graças, - capela que ele construiu com a ajuda das crianças e do povo bom de nossa cidade. Na escala eclesiástica foi Conego e depois elevado a categoria de Monsenhor Camareiro Secreto do Santo Padre Paulo VI, no ano de 1964. O fato é que viveu e morreu na mais profunda humildade.

Foi bastante pranteado por todos que seguiram acompanhando o féretro.

O nosso saudoso Pastor está sepultado no Cemitério Nossa Senhora da Piedade – Alto da Comissão, do lado esquerdo de quem entra, próximo ao tumulo do Conego José Adolfo Cerqueira – filho de Maragogipe.

Maragogipe, 26 de outubro de 20007

Zélia Dias Carneiro

Fundadora da Escola Paroquial de Maragogipe

(Colaboração recebida da Profa. Zélia Carneiro)