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Panorâmica de Maragogipe

sábado, 28 de maio de 2022

HISTÓRIIAS MENORES: um livro útil

 


Recomendamos a todo aquele que tenha interesse em conhecer a história de Maragogipe a leitura da obra do nosso conterrâneo Osvaldo Sá. A respeito do grande escritor maragogipano muito se tem dito mas, escolhemos as palavras de um jovem conterraneo para homenagear o grande mestre.

 Eis o que disse o jovem Professor Zevaldo Souza a respeito de Osvaldo Sá: "Osvaldo Sá, único, exemplar, digno, correto, estudioso, vitorioso. E se depender de mim será lembrado e relembrado no máximo possível que as gerações me permitirem, nos permitirem, fazer história.

A seguir publicamos a biografia do nosso homenageado de autoria do seu filho Alberto:.

OSVALDO SÁ, autodidata, jornalista, poeta, memorialista, nasceu na Fazenda Água Fria, localizada no Guaí, no município de Maragojipe-Bahia, em 28/07/1908 e faleceu em 03/06/2002, filho do Engenheiro Júlio dos Santos Sá e Constança Angélica dos Santos Sá. Osvaldo Sá desde que criança já mostrava seus dons poéticos compondo pequenos versos. Na sua juventude foi correspondente de quase todos os jornais que existiram em sua terra natal. Trabalhou como secretário da Câmara Municipal de Vereadores de Maragojipe, foi Delegado Escolar do Município e também secretário de governo de vários prefeitos (inclusive um de Muritiba-BA, onde exerceu também o cargo de delegado de polícia). Em agosto de 1959 passou a ocupar o cargo de Escrivão do Civil do Fórum. Tamanha era sua competência que exercia paralelamente a função de Procurador (rábula) e para tal era autorizado pelos Juízes, já que não possuía de advogado o diploma. Paralelamente a todas as suas atividades profissionais desenvolvia seu trabalho literário, compondo, publicando matérias como correspondente de vários jornas pelo Brasil e garimpando notícias sobre a história de Maragojipe, sua terra natal que sempre muito amou. Seu primeiro livro publicado foi “Folhas ao Vento” (poesias), em 1935, depois escreveu “Epístolas a Satanás”, inédito até hoje. O segundo publicado foi “A Conspirata dos Galos”, em 1973 (poesias), graças a uma iniciativa da Secretaria de Educação e Cultura do Estado da Bahia, em forma de aquisição de exemplares. Depois disso, praticamente foi lançado um livro a cada ano, como demonstrado a seguir:

1935/1993 – Folhas ao Vento

1976 – Evocação – poesias.

1978 – Maragojipe Humorístico – crônicas.

1980 – Ponto nos ii – poesias.

1981, 1982 e 1983 – Histórias Menores – história.

1984 – Sangue do Mundo – poesias.

1985,1986 e 1989 – Vala dos Meus Dias – memórias.

1987 – Sondas & Pousos – crônicas e poesias.

1988 – A Humilde Musa – poesias.

1990 – Quando os Bichos Falavam – fábulas.

1991 – Vitrais - poesias.

1992 – Tempos de Maragojipe – crônicas históricas.

1994 – À Sombra do Palmeiral – contos históricos.

1995 – Pata de Leão – crônicas.

1997 – Documentário de Maragojipe – documentos.

1998 – Rosa Eterna – poesias.

1999 – Gravata Vermelha – contos.

2000 – Leque de Pavão – haicais, contos e poesias.

2001 – Burundanga, crônicas, contos e poesias.

Pertenceu, como correspondente, a várias Academias, como: de Letras Municipais do Brasil; Petropolitana de Poesia Raul Leôni; Flor do Vale de Letras e Artes; Itaocarense de Letras; de Letras da Fronteira Sudoeste do RGS; de Letras de Uruguaiana; de Cultura Princesa do Cariri; e da de Letras do Recôncavo, única onde ocupou uma cadeira, cadeira esta em que exigiu fosse o nome de Durval de Moraes. Foi, por Jorge Amado, sugestionado a pertencer à Academia de Letras da Bahia, mas recusou.

Recebeu os seguintes diplomas: de Titular Acadêmico do Centro Cultural, Literário e Artístico de “Gazeta Felgueiras”; de Sócio Benemérito da Ordem Brasileira dos Poetas de Literatura de Cordel; de Membro Colaborador do Grupo Literário “Nova Geração”; do 1º Prêmio de História do livro “Histórias Menores”, Instituto Histórico e Geográfico de Uruguaiana; de Destaque Especial no VII Concurso Nacional de Poesias da Revista Brasília; do 1º Prêmio de Contos e Sonetos com o livro “Sondas & Pousos”, da Federação das Entidades Culturais Fronteiristas; do 1º Prêmio de Contos do livro “Quando os Bichos Falavam”, da Academia de Letras de Uruguaiana; de Finalista no Concurso de Sonetos “Sebastião Bemfica Milagre”, com “O Soneto”, da Academia Divinopolitana de Letras; da Cadeira nº 1 do Quadro de Membros Correspondentes, da Academia de Letras do Estado do Rio de Janeiro; recebeu as seguintes Medalhas: Nec Mortale Sonans, da Academia de Letras do Estado do Rio de Janeiro; da Academia de Letras Municipais do Brasil; de Honra ao Mérito da Fundação Suerdieck; da Academia de Letras Uruguaiana; e da Academia de Letras do Recôncavo; a Revista Brasília lhe concedeu os seguintes Prêmios: de Edição da obra “Proteção a os Animais”; de Edição da obra “Epifania”; da Medalha de Ouro, na classificação no XII Concurso Nacional de Contos/99; da Medalha Cultural Brasil 500 anos; e da Medalha Stella Brasiliense.

Em 04 de abril de 2002 o Auditório da Casa da Cultura de Maragojipe, recebeu o seu nome.

Jorge Amado, em seu livro “Sumiço da Santa”, cita o poeta Osvaldo Sá na página 278.

Osvaldo Sá, no meio intelectual brasileiro ficou conhecido como “O Escritor de Maragojipe”, pois era assim que todos o identificava, a exemplo de: Antônio Houaiss, Jorge Amado, Jorge e Pedro Calmon, Calazans Neto, Wilson Lins, Hildegardes Viana, Renato Báez, Evaristo de Morais Filho, Josué Montello, Edivaldo Boaventura, Cid Seixas Filho, Raimundo Reis, Márcio Catunda, Viana Neto e tantos outros com os quais ele se correspondia.

Osvaldo Sá, com suas brilhantes obras, salvaguarda a história de Maragojipe, sem ele a teríamos, porém sem nenhuma memória.

Ao poeta que no seu presente escreveu sobre o nosso passado, garantindo assim nossa história para o futuro, devemos sempre render as nossas homenagens.

Em data de seu nascimento foi instituído o DIA MUNICIPAL DA CULTURA, pela Câmara Municipal de Maragojipe, sob Lei nº 006/2016 de 09 de junho de 2016. Autor do Projeto: Fernandinho de São Roque

 

                                               Albertus Sá.